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quinta-feira, 9 de abril de 2009

Joss, my friend loves you!


A minha grande esperança quando eu trabalhava no shopping era subir no estoque durante o trabalho e ver no meu celular se tinha mensagem de texto de alguma alma salvadora me contando alguma novidade empolgante ou me chamando para sair para algum lugar depois do meu trabalho, tudo bem que quase nunca recebia nada, mas tudo compensou no dia que a minha amiga Sabrina me mandou uma mensagem: “Ana, descobri que horas a Joss chega, vamos comigo para o aeroporto, passo ai no shopping para te buscar!”. No final de semana ia ter na cidade o show da Joss Stone, uma cantora britânica que já é bem conhecida internacionalmente por suas músicas de soul e R&B. O show estava chegando cada vez mais perto e a Sabrina começou a ficar profundamente fissurada com toda essa ansiedade, ela havia descoberto através de uma pessoa que ela conheceu na Internet e que havia ido ao show da Joss em São Paulo o horário que a cantora sairia de lá, tudo planejado, os horários calculados, foi às 5 da tarde que ela foi me buscar.

Eu na verdade só sabia cantar uma música dela, e até hoje continuo sabendo só essa, mas isso era realmente muito empolgante, ainda mais uma cantora internacional. Me arrumei toda, coloquei a galocha nova com desenhos de cerejinha que eu havia acabado de comprar e subi na moto da Sabrina. No caminho nós ríamos sem parar o tempo todo com o vento na cara, o friozinho no estômago e eu tentando conversar para saber tudo que ela descobrira sobre a Joss nos últimos dias.

Chegamos no aeroporto bem antes e o movimento estava tranqüilo até demais, realmente ninguém sabia que a Joss ia chegar naquele horário, só nós. A Sabrina começou a ficar impaciente e eu como a mais calma da história ficava de olho pra ver se envergava a cantora no meio de tanta gente saindo pela porta de desembarque. Perguntamos para os guardas, para os atendentes de informação e nem eles sabiam.

Nós já estávamos quase desistindo quando eu olhei bem lá profundo, aonde as pessoas pegam as malas, uma mulher loira colocando o violão nas costas, bem alta e com cabelos ondulados, eu só olhei para a minha amiga e falei que tinha certeza que ela tinha chegado. Ela só arregalou os olhos e ficou paralisada.

Realmente era a Joss Stone que vinha linda como eu nunca tinha reparado antes, e bem na nossa frente, eu fiquei rindo toda feliz, olhei para a cara da Sabrina e ela estava ainda paralisada e com os olhos arregalados, ela começou a caminhar bem devagar para trás e se afastar. Ninguém reconheceu a cantora, só estávamos nós lá por causa dela, ela chegou bem perto e passou pela gente sorrindo. Durante todo esse tempo eu fiquei chamando minha amiga para chegar perto e falar com ela, mas ela só conseguia ir para trás.

Quando eu vi que ela estava indo embora tomei coragem, peguei a Sabrina pelo braço e a puxei até a Joss: “Joss, por favor, tira uma foto com a minha amiga? Ela ama você demais!”, eu disse em um inglês todo enrolado toda nervosa. Para eu falar em inglês em público era preciso muita coragem, eu treinava bastante, mas sempre tive muita vergonha, ainda mais com algum nativo, mas valeu a pena, as fotos foram tiradas e o agente dela disse que eles já estavam atrasados.

Depois que ela saiu a Sabrina percebeu como a gente tinha desperdiçado a Joss na nossa frente e foi ai que eu também percebi que eu não tinha tirado foto com ela. Saímos correndo para pagar o estacionamento e tentar seguir a van onde todos da equipe da cantora estavam. Quando saímos para o estacionamento demos de cara com a Joss sentada na frente do carro fumando um cigarro e conversando. Foi tão bom quanto quando a gente a viu pela primeira vez, chegamos perto e pedimos a minha foto, quando eu vi já estava conversando fluentemente com alguns integrantes da banda, toda realizada.

Eles foram para o hotel, era realmente muito longe do aeroporto, mas foi a maior diversão das nossas vidas seguir eles até a parada final, perder a van e encontrá-la de novo no meio de tantos carros só para dar tchau para a Joss que estava na janela é uma realização que ainda hoje tem seus vestígios. Ela só dava risada, apontava para a minha galocha e fazia um sinal positivo com a mão.

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